O baixo que ficou 15 anos no Luthier

em 89, o Água Brava já estava no modo pause, e o Ivo mandou fazer um baixo diferente. Conheceu um design diferente de baixo vendo o Vinícius Sá ensaiando no Estúdio PAD. Era uma mistura de StatusBass com Steinberger e era feito com uma única peça de madeira. Além do design diferente (headless) o som era ótimo. Por ser inteiro ele produzia um grave  limpo e apresentava melhor performance no sustain.

Encomendou então ao Cassio Luthier para construir um daqueles. Depois de meses chegou o baixo todo feito em mogno, ipê preto, marfim e escala de jacarandá. O Baixo novo não levou nem um mês na sua mão. No reveillon daquele ano entraram na casa do Ivo, envenenaram o Eddie – o fila da casa  batizado em homenagem ao mascote do Iron Maiden -, e roubaram muitas coisas, dentre elas o Baixo.

Passaram-se 4 meses até que o Cassio Luthier liga para o Ivo e avisa:  “teu Baixo apareceu aqui na minha mão”. Para ter o instrumento de volta, Ivo teve que ressarcir o novo dono, um dentista da Aeronáutica que tinha comprado provavelmente do receptador. Esse, ao devolver o baixo fez o seguinte comentário. Olha, amigo, se esse baixo voltou pra você é porque alguma coisa boa vai te acontecer.

E aconteceu. Com o novo (de novo) baixo na mão, fez um show com a Banda Eva Prima e foi convidado para tocar no Rock’n Rio acompanhando a banda do lendário Serguei. Daí pra frente uma agenda intensa do Ivo com esse Baixo: Show no Rock’n Rio II, Turnê Nacional do Serguei, Gravação do Vinil do Serguei, Turnê do trabalho Solo do Ivo Meirelles, Gravaçao do CD do Funk’n Lata. Depois de tanto trabalho, o já velho baixo foi substituido por um BassCollection de 5 cordas e seguiu para uma revisão geral no Cassio, em 1996.  O BAixo ficou lá até novembro de 2011 .  15 anos se passaram… mas isso é outra história…..